Participe da reunião do Clube de Leitura da BCE/UnB!
? Tema da rodada: Mês da Consciência Negra
? Livro da rodada: Eu, Tituba: bruxa negra de Salem, de Maryse Condé
? Reunião presencial*: 29.11.2022, terça-feira, 12h, Sala de treinamento, 1º subsolo da BCE
?️ Reunião virtual*: 30.11.2022, quarta-feira, 15h, Microsoft Teams.
* Excepcionalmente nesses dias em função dos jogos do Brasil na Copa do Mundo 2022.
?? Para participar: https://forms.office.com/r/fhcUhC9Uvd
“Livro premiado de uma das mais importantes escritoras negras da atualidade, vencedora do New Academy Prize 2018 (Prêmio Nobel Alternativo)
Tituba, mulher negra, nascida em Barbados, no século XVII, renasce, três séculos depois. Torna-se outra vez real, pelas mãos da premiada escritora Maryse Condé, vencedora do New Academy Prize 2018 (Prêmio Nobel Alternativo). No início do livro, Maryse Condé anota: “Tituba e eu vivemos uma estreita intimidade durante um ano. Foi no correr de nossas intermináveis conversas que ela me disse essas coisas que ainda não havia confiado a ninguém.” Da mesma forma, quem lê Tituba poderá ouvi-la falar, do invisível, desestabilizando estruturas cristalizadas, mediando novas concepções de identidades e culturas e protegendo as pessoas insurgentes. Aqui, essa personagem fascinante, é retirada do silêncio a que a historiografia lhe destinou. Filha de uma mulher negra escravizada, viveu cedo o terror de ver a mãe assassinada por se defender do estupro de um homem branco e de saber que o pai se matou por causa do mesmo homem branco. Cresceu sob os cuidados de uma mulher que tinha o poder da cura e que a iniciou nos mistérios. Adulta, apaixonou-se por John Indien e abdicou, por ele, da própria liberdade. Uma das primeiras mulheres julgadas por praticar bruxaria nos tribunais de Salem, em 1692, Tituba fora escravizada e levada para a Nova Inglaterra pelo pastor Samuel Parris, que a denunciou. Mesmo protegida pelos espíritos, não pôde escapar das mentiras e acusações da histeria puritana daquela época. A história de Tituba é a história das mulheres da diáspora e do povo negro. É também a história de todas as pessoas que seguem a própria verdade, em vez de professar a fé do colonizador. É a história dos e das dissidentes e dos seres de alma livre. Por isso é uma história bela e complexa, cujo final, a despeito dos infortúnios, é sempre benfazejo, pois é a história dos que resistem.
“Para saber de Tituba, a bruxa negra de Salem, é preciso acompanhar quem sabe lidar com a alquimia das palavras. Maryse Condé tem as fórmulas, as poções mágicas da escrita.” – Conceição Evaristo”
Fonte: Editora Record.